Museu tem aviões de guerra, 14 Bis, dirigível e uniformes de aeromoças
Aiana Freitas
Aviões de guerra, como as duas mundiais, da Coreia, do Vietnã e da Revolução Constitucionalista de 1932; réplicas de um dirigível e do 14 Bis, de Santos Dumont; um hidroavião (que pousa na água); o primeiro caça da Força Aérea Brasileira (FAB) a romper a barreira do som no Brasil; uniformes de comissárias de várias partes do mundo
Esses são alguns dos destaques do Museu TAM, que fica em São Carlos, no interior de São Paulo.
O espaço, inaugurado em 2006, tem ainda o avião Constellation, que cruzava o Atlântico nos anos 1950 com o logotipo da Panair; o Fokker 100, modelo holandês que ficou conhecido por ser usado no Brasil pela TAM; e uma miniatura do Enola Gay, que lançou uma bomba atômica sobre o Japão.
"Desde a concepção do museu, há 17 anos, sabíamos que havia muita coisa que era inusitada e interessante para a história da aviação brasileira e do mundo. Conseguimos encontrar muitos fragmentos dessa história, mas muita coisa também se perdeu, porque não existia no Brasil a preocupação de se preservar fatos e feitos dos homens que construíram a aviação no país", diz o comandante João Amaro, presidente do museu.
O espaço abriga 88 aeronaves (48 delas em condições de voo) e foi criado por ele e seu irmão, o fundador da TAM Rolim Amaro.
Restaurações demoram de seis meses a dois anos
Antes de serem expostos, os aviões são restaurados de acordo com as técnicas usadas na época de sua fabricação. Atualmente, 37 aviões estão na fila para conserto.
"Muitos foram dilacerados pelo tempo e encontrados em péssimo estado. Os pequenos aviões usados no passado eram todos construídos em madeira, com algumas peças de aço, e revestidos com tela e tecido. A arte da carpintaria aeronáutica estava desaparecendo no Brasil. Estamos preservando essa profissão, formando pessoas que têm habilidade para trabalhar com esse tipo de coisa", diz Amaro.
Ele diz que os restauradores do museu são profissionais que misturam qualidades de ferreiro, encanador, eletricista, marceneiro e carpinteiro, além de terem a aviação "no sangue". Segundo ele, a restauração de um avião demora cerca de seis meses, mas pode chegar a dois anos, caso a ideia seja deixa-lo apto a voar.
Além de ter acervo próprio, museu conta com doações
Uma parte do acervo foi comprada pelo próprio Amaro e por seu irmão, que não chegou a ver o museu aberto (o comandante Rolim Amaro morreu em 2001 em um acidente de helicóptero).
Algumas aeronaves foram doadas pela Força Aérea Brasileira e outras por parceiros da TAM. O trabalho é mantido com a ajuda de recursos da Lei Rouanet e conta com a ajuda de informações de clubes de aviação de todo o país.
"Quando um aviador ou um mecânico morre, é muito comum que a família guarde as coisas deles. Quando netos tomam conhecimento do que têm em mãos, muitos doam para o museu", diz o presidente do espaço.
O museu também desperta muito saudosismo entre os visitantes. Amaro diz que é comum antigos passageiros chorarem em frente ao Constelattion com o logotipo da Panair, empresa que viveu seu auge nos anos 1950. Uma vez, diz ele, um casal chegou a dançar tango no meio do corredor, na tentativa de reviver um tempo em que a aviação brasileira era marcada pelo glamour.
Museu TAM
■Endereço: Rodovia SP 318, km 249,5, São Carlos (SP)
■Horários: de quarta a domingo, das 10h às 16h (entrada até às 15h)
■Ingresso: R$ 25 e R$ 12,50 (professores, estudantes, crianças de 7 a 12 anos e idosos de 60 a 65 anos). Crianças até 6 anos e idosos com mais de 65 não pagam. Os ingressos podem ser comprados pela internet.
■Horários: de quarta a domingo, das 10h às 16h (entrada até às 15h)
■Ingresso: R$ 25 e R$ 12,50 (professores, estudantes, crianças de 7 a 12 anos e idosos de 60 a 65 anos). Crianças até 6 anos e idosos com mais de 65 não pagam. Os ingressos podem ser comprados pela internet.
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