quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

"Por que eu continuo na Força Aérea? Por amor", diz o major Ubirajara


AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DO ACRE (AC)

"Por que eu continuo na Força Aérea? Por amor", diz o major Ubirajara

Samuel Bryan
ImagemPoucos sabem, mas a Força Aérea do Brasil está presente no Acre desde 1948 por meio do Destacamento do Controle do Espaço Aéreo. Cerca de 80 homens altamente treinados são responsáveis principalmente por controlar e fiscalizar o espaço aéreo acreano, e nos últimos dois anos eles foram comandados pelo major José Ubirajara de Castro, que comemora um período de serviço comprometido com o bem-estar dos cidadãos, reaproximando a Força Aérea tanto da sociedade civil quanto do Poder Executivo, ao qual pertence.
Nascido em Porto Alegre, Ubirajara tem uma trajetória de feitos consideráveis pela Força Aérea, na qual atua há 33 anos. Antes de vir ao Acre, esteve em Alcântara (MA), onde trabalhou no programa espacial brasileiro, dedicando-se especialmente à reconstrução da plataforma de lançamento de foguetes, destruída por uma explosão em 2003.
Destacado para o Acre no começo de 2012, o major diz que encarou o desafio com animação. "Eu recebi o convite e falei com minha mulher. Nós nunca estivemos no Norte, na região amazônica. Seria uma experiência nova... Ela é terapeuta floral e quando falei da oportunidade os olhos dela brilharam. Resolvemos vir então", relata.
 Trabalho intenso
O destacamento da Força Aérea no Acre funciona 24 horas por dia, sete dias por semana, prestando serviços de navegação, meteorologia, informação e vigilância. De sua missão acreana, o trabalho do major Ubirajara sai notabilizado principalmente por ter aproximado a instituição militar dos outros poderes e da população. Apresentou, também, uma gestão de pessoal humanizada, incentivando e valorizando o corpo de profissionais que existe na unidade.
No começo de 2012, Rio Branco enfrentou a maior cheia do Rio Acre. O inverno amazônico já deixou o Destacamento de Controle do Espaço Aéreo bastante movimentado, com a chegada e saída constante de aviões civis e militares, além de helicópteros, todos voltados para o trabalho e entrega de mantimentos durante o período. Mas Ubirajara queria contribuir ainda mais.
Ele se apresentou ao governador Tião Viana e passou a fazer parte da equipe de situação. "Começaram a chegar muitos militares em aviões para apoio, então passei a transportar e hospedar as tripulações, no meu carro pessoal mesmo. Isso tudo também serviu pra estreitar as relações e me mantive próximo de todas as instituições", lembra o major.
Reconhecimento máximo
ImagemDurante a passagem de comando, o governador Tião Viana fez questão de agraciar o Major Ubirajara com o a insígnia no Grau Oficial, do Quadro Especial da Ordem da Estrela do Acre. Para ele, o acolhimento do povo acreano foi único.
"Eu posso dizer que não só passei pelo estado, eu "vivi o Acre". Conheci a cultura, as pessoas, foi um momento inesquecível", conta. Para Ubirajara, a relação com a Força Aérea é única. Ele não considera que seu papel é o de ser mais um, mas de fazer a diferença servindo ao país. "Eu já podia estar há sete anos aposentado, em casa, viajando, ganhando meu dinheiro. Por que eu continuo na Força Aérea? Por amor", conta o militar, que embarca este mês para Guarulhos (SP), onde assume novo desafio no Centro de Catalogação da Aeronáutica.

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