POR QUE
Por que, separado e sem acento, tem dois empregos:
1. nas perguntas:
Por que a leitura facilita a redação? Por que se lê tão pouco no Brasil?
Por que há poucas livrarias em nosso pais?
2. nos enunciados em que é substituível por "a razão pela qual":
É bom saber por que (a razão pela qual) a leitura facilita a redação.
Explique por que (a razão pela qual) se lê tão pouco no Brasil. Eis por que (a razão pela qual) há poucas livrarias no país — há poucos leitores.
POR QUÊ
O separado com circunflexo só tem vez quando o quezinho for a última – a última mesmo – palavra da frase.
Sabe por quê? Ele é átono. No fim do enunciado, torna-se tônico. O acento lhe dá a força:
A leitura facilita a redação por quê? Lê-se tão pouco no Brasil por quê? Há poucas livrarias em nosso país e todos sabem por quê (a razão pela qual há poucas livrarias).
PORQUE
A dissílaba é conjunção causal ou explicativa:
Os professores estimulam a leitura porque bons textos enriquecem o vocabulário. Há poucas livrarias no Brasil porque há poucos leitores. Leio muito porque quero escrever melhor.
PORQUÊ
O porquê assim, com chapéu, deixa de ser conjunção. Torna-se substantivo. Para mudar de classe, precisa da companhia do artigo ou de pronome:
Explicou o porquê da importância da leitura. Certos porquês quebram a cabeça da gente. Não sei responder a este porquê.
Resumo da opereta: não há por que temer os porquês.
Quem domina o assunto sabe por quê.
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