FDA aprova medicamento para tratar câncer de próstata avançado
Em testes clínicos, droga se mostrou capaz de prolongar a expectativa de vida de pacientes que já haviam feito tratamento hormonal e quimioterapia
Câncer de próstata: FDA aprova droga que aumenta expectativa de vida de pacientes com câncer de próstata e surte menos efeitos colaterais do que terapias tradicionais (Thinkstock)
O Food and Drug Administration (FDA), agência americana que regula fármacos, aprovou, na sexta-feira, uma nova droga para o tratamento contra o câncer de próstata com metástase. Trata-se da Enzalutamida, medicamento que será indicado para pacientes que apresentam a doença em estágio avançado mesmo após terem passado por tratamentos hormonais (que são usados como primeira opção) e por quimioterapia.
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PSA
PSA é a sigla em inglês para antígeno prostático específico, uma proteína produzida pelas células da próstata e considerada um importante marcador biológico para determinar quais homens precisam de biópsia e quais deles têm menor risco de desenvolver o câncer de próstata. O exame de PSA sozinho, no entanto, não é capaz de fornecer informações suficientes para determinar se o paciente tem ou não a doença.
PSA é a sigla em inglês para antígeno prostático específico, uma proteína produzida pelas células da próstata e considerada um importante marcador biológico para determinar quais homens precisam de biópsia e quais deles têm menor risco de desenvolver o câncer de próstata. O exame de PSA sozinho, no entanto, não é capaz de fornecer informações suficientes para determinar se o paciente tem ou não a doença.
A pílula, que será vendida com o nome da marca Xtanti, foi desenvolvida pelos laboratórios Medivation e Astellas Pharma e deverá ser comercializada a partir da segunda quinzena deste mês. Segundo o FDA, uma caixa com cápsulas suficientes para um mês de tratamento custará 7.450 dólares. Estudos envolvendo o medicamento mostraram que um paciente precisa fazer uso da droga durante oito meses, em média.
Efeitos — A fase final das pesquisas feita com a Enzalutamidateve seus resultados publicados em agosto deste ano. Os testes clínicos revelaram que o medicamento eleva a sobrevida de pacientes com câncer de próstata avançado em cinco meses em comparação com a quimioterapia tradicional, além de provocar efeitos colaterais ‘muito mais brandos’ do que as terapias já existentes. Os estudos também indicaram que os homens que tomaram a droga, em relação aos que receberam placebo, apresentaram uma melhora em aspectos como retardamento da progressão da doença e melhores resultados nos exames de PSA.
Os efeitos colaterais mais observados entre pessoas que fizeram uso do medicamento foram fadiga, fraqueza e dor nas costas. O FDA exigiu que os laboratórios responsáveis pela droga realizem estudos que avaliem os efeitos da Enzalutamida pós-comercialização.
Mecanismo — A Enzalutamida é uma classe de drogas conhecidas como inibidoras de andrógeno, ou seja, que bloqueiam a ação de hormônios, como a testosterona, que estimulam o crescimento do câncer na próstata. Esse bloqueio pode ser feito de diversas formas. No caso desse novo medicamento, a própria substância da droga se liga aos receptores de andrógenos das células cancerígenas, tornando-se uma 'concorrente' dos hormônios na disputa por esses receptores.
Embora a atual indicação da Enzalutamida seja para pacientes com estágio avançado de câncer de próstata que já passaram por todos os tratamentos disponíveis contra a doença, os especialistas acreditam que a grande esperança da droga seja agir sobre a fase inicial do problema. Ou seja, utilizada antes de cirurgias e da quimioterapia, evitando ou retardando um tratamento mais invasivo. De acordo com a Medivation, estudos envolvendo esse uso do medicamento já estão sendo feitos, mas não há previsão de quando os resultados serão publicados.
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