quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Passagem do Forte Santa Maria para o Cmdo da 6a. RM

 Colaboração do TC R/1 Marcelo Morais de Souza


No dia 31 de julho de 2012, uma comitiva formada pelo Superintendente do Patrimônio da União, na Bahia, Sr Rafael Antônio Rocha Dias e pelo Chefe da Seção de Patrimônio da 6a. RM, TC R/1 Marcelo Morais de Souza, acompanhados pelo gestor dos fortes, Cap Sampaio e pelo Cap QEM Edmilson de Deus, visitaram as instalações do Forte Santa Maria, localizado no Porto da Barra, a fim de viabilizar a passagem desse Patrimônio Histórico para o Comando da 6a. Região Militar. Após os trâmites necessários para a concretização desse ato, será feita uma reforma geral, seguindo projeto existente, para viabilizar a sua utilização como mais um ponto turístico da capital baiana, visando à preservação dessa importante Edificação Histórica.

Forte de Santa Maria (Salvador)

O Forte de Santa Maria localiza-se ao largo da praia do Porto da Barra, no bairro da Barra, primitivo porto da cidade de Salvador.

Constituiu um comando unificado, entre 1624 e 1694, juntamente com o Forte de Santo Antônio da Barra e o Forte de São Diogo, com os quais cruzava fogos na defesa da barra do porto da Vila Velha, local de desembarque do primeiro donatário da Capitania (Francisco Pereira Coutinho, 1536), do primeiro governador-geral (Tomé de Sousa, 1549) e da primeira das Invasões holandesas do Brasil (Johan van Dorth, 1624).

Após a reconquista portuguesa de Salvador, essa primitiva estrutura do forte foi reformada entre 1625 e 1627. Esse triângulo defensivo, rechaçou, nos meses de abril e maio de 1638, o assalto das forças holandesas sob o comando do Conde Maurício de Nassau. Nessa época, era guarnecido por um Capitão e dois soldados artilheiros, e artilhado com seis peças de ferro (uma de calibre 24 libras, duas de 18, uma de 12 e duas de 8).

Em 1809 estava artilhado com dezoito peças, três das quais imprestáveis, assim como a fortificação.

Ocupado pelos revoltosos durante a Sabinada (1837-1838), ao abandoná-lo os rebeldes levaram doze de suas peças para combater as tropas imperiais em outras partes de Salvador. Após o conflito, foi desarmado.

No contexto da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), encontrava-se em ruínas, conservando quatorze peças, inúteis. De propriedade da União, o imóvel foi tombado pelo Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional a partir de 1938. Passou para a administração do Ministério da Marinha a partir do ano seguinte, abrigando o Serviço Hidrográfico daquela arma, bem como residência oficial do Comandante de Sinalização Náutica do Leste.

Atualmente, encontra-se sob responsabilidade da Superintendência de Patrimônio da União na Bahia - SPU/BA.

Um comentário:

  1. Antonio Cezar Ferreira SAMPAIO - TC RR EB1 de agosto de 2012 às 07:26

    Companheiros isso é EXCELÊNCIA GERENCIAL (FATORES CRÍTICO DE SUCESSO) preconizada no nosso PLANO DE GESTÃO da 6ª RM de 02 Jun 2012, ampliando o grau de dissuasão militar terrestre e ampliando a integração da 6ª RM à sociedade. Meus parabéns ao Gestor dos Fortes(Cap SAMPAIO) e ao Chefe da Seção de Patrimônio(TC MARCELO) e sua equipe.

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