Deficiência de vitamina D afeta atividade motora na terceira idade
Falta do nutriente causa dificuldade para subir escadas e outras tarefas, diz estudo
Manter uma alimentação saudável, como todos os nutrientes necessários, é essencial para termos uma vida ativa e longe de doenças - e quando pensamos nos idosos, essa preocupação deve ser redobrada. É o que afirmam os pesquisadores do Centro Médico da Universidade Livre de Amsterdã. Segundo o estudo holandês, a deficiência de vitamina D na terceira idade está relacionada com dificuldades físicas, como vestir-se ou subir escadas.
O trabalho, publicado em 17 de julho no Jornal of Clinical Endocrinology & Metabolism, incluiu mais de 1.300 pessoas residentes da Holanda, com idades entre 55 e 88 anos. Durante os seis anos de acompanhamento, os níveis de vitamina D dos participantes foram verificados e eles foram questionados sobre a sua capacidade para realizar tarefas de rotina, como sentar e levantar de uma cadeira ou caminhar por cinco minutos sem descanso.
Entre os participantes com idades entre 65 e 88 anos, aqueles com os mais baixos níveis de vitamina D foram 1,7 vezes mais propensos a ter pelo menos uma limitação física, se comparados com aqueles que tinham níveis mais altos de vitamina D. Entre os participantes com idades entre 55 e 65 anos, aqueles com os mais baixos níveis de vitamina D foram duas vezes mais propensas a ter pelo menos uma limitação física em comparação com os indivíduos que tinham os níveis mais altos de vitamina D.
Na faixa etária mais velha, de 70% das pessoas com os níveis mais baixos de vitamina D tiveram pelo menos uma limitação física, enquanto a maioria das pessoas com níveis de vitamina D moderados ou altos não tinha limitações físicas, de acordo com o estudo. Os pesquisadores também descobriram que as pessoas com deficiência de vitamina D são mais propensas a desenvolver limitações físicas adicionais ao longo do tempo. Essa evolução ocorreu ao longo de três anos entre pessoas na faixa etária mais velha e em cerca de seis anos entre aqueles na faixa etária mais jovem.
Os resultados indicam que baixos níveis de vitamina D na terceira idade podem contribuir para o declínio da capacidade de viver de forma independente. No entanto, embora o estudo tenha encontrado uma associação entre baixos níveis de vitamina D e mobilidade limitada, não é possível estabelecer uma relação de causa e efeito.
A vitamina, geralmente absorvida através da luz solar ou da dieta, desempenha um papel fundamental na saúde dos ossos e músculos, e uma deficiência pode levar à redução da densidade óssea, fraqueza muscular, osteoporose e fraturas dos ossos.
Aprimore o consumo de vitamina D com sete alimentos
A principal fonte de vitamina D é a luz solar, que estimula a produção da vitamina por nossa pele. A nutricionista Priscilla Baracat ensina que 10 a 15 minutos de contato com a luz do sol, de duas a três vezes por semana, evitando a exposição entre as 10h e 16h, já são suficientes. A obtenção pela luz do sol é preferível porque, como explica Adriana, os alimentos que contêm quantidades consideráveis de vitamina D também são ricos em gorduras e, por isso, deve-se tomar cuidado com o consumo. A recomendação diária - fornecida pelo U.S. Dietary Reference Intake (DRI) - varia de acordo com a idade e o sexo:
Homens de 13 a 50 anos: 5 a 10 mcg/dia
Homens de 51 aos 70: 15 mcg/dia
Mulheres de 13 a 50 anos: 5 mcg/dia
Mulheres de 51 a 70 anos: 10 mcg/dia.
Confira abaixo alguns alimentos que possuem vitamina D, de acordo com a USDA National Nutrient Database for Standard Reference, e alguns conselhos de consumo:
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