quarta-feira, 5 de junho de 2013

Pilotos da FAB usarão capacete com mira durante Copa das Confederações


Pilotos da FAB usarão capacete com mira durante Copa das Confederações

Equipamento de última geração envia informações do painel e de alvos potenciais diretamente ao campo de visão do piloto

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As Forças Armadas contam com tecnologia de ponta na aviação de caça para garantir a segurança durante a Copa das Confederações. Modernizados recentemente, os veteranos caças F-5M da Força Aérea Brasileira (FAB) que farão a vigilância do espaço aéreo durante a realização do evento são equipados com o sistema HMD - sigla em inglês para Helmet Mounted Display, popularmente conhecido como capacete com mira. Integrando informações do painel e de sensores de armamentos diretamente na visão do piloto, o capacete permite que os militares tomem decisões mais rapidamente em situação de conflito.
O HMD é dotado de uma unidade eletro-óptica que projeta dados e imagens diretamente na viseira do capacete. Assim, a mira acompanha a visão do piloto para onde quer que ele vire a cabeça. Na prática, o equipamento permite que o piloto se concentre no que se passa do lado de fora da aeronave e reduz a sua dependência em relação aos instrumentos do painel, como os parâmetros do armamento, da velocidade e da altura.
Antes do uso do HMD, era necessário apontar o nariz da aeronave em direção ao alvo e evitar que o inimigo fizesse o mesmo. Agora, não é mais necessário alterar a trajetória do avião, bastando movimentar a cabeça e acompanhar a rota do inimigo. Ao "travar" a mira em um alvo, o piloto recebe sinais visuais e de áudio e pode acionar o botão de lançamento de mísseis.
Para que essa tecnologia funcione eficientemente é preciso, antes, personalizar o equipamento - cada piloto deve ter um capacete feito sob medida. A personalização exige uma etapa artesanal demorada que inclui medidas, moldagem, revestimento, calibração e vários testes. Toda a montagem é feita na Base Aérea de Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre.
"A partir do casco e das peças, nós montamos um HMD para cada aviador", diz Paulo Ricardo Fabrício Maria, sargento especialista em equipamento de voo. A precisão depende de um ajuste anatômico. "A área espelhada na viseira onde as informações são projetadas é restrita, assim o capacete não pode se deslocar durante o movimento da cabeça porque o piloto pode perder algum dado", explica o suboficial Marco Antonio Andrade de Souza.

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