Exército Brasileiro testa novo blindado na missão no Haiti
Olívia Freitas e Fabio Zanini
Enviada Especial a Campinas/ Editor de "Mundo"
Enviada Especial a Campinas/ Editor de "Mundo"
O Exército Brasileiro empregará um novo blindado, o Guarani, na força de paz que lidera, no Haiti. Os militares vêm realizando testes no veículo desde 2011.
O Guarani foi desenvolvido com tecnologia nacional e será utilizado também na segurança das fronteiras e dos próximos grandes eventos no país.O blindado foi distribuído em várias unidades do Exército, como em Campinas, no interior de São Paulo, onde passou por uma série de testes com as tropas que embarcarão para o Haiti.
"Recebemos dois Guaranis para fazer uma avaliação de como o blindado se porta em ações de área urbana, como no Haiti", diz o coronel Samuel.
O Guarani terá funções de reconhecimento, socorro, defesa antiaérea e transporte de tropas, entre outras. O Guarani substituirá dois outros modelos usados pelo Exército há 40 anos -o Urutu, ainda em serviço no Haiti, e o Cascavel, ambos fabricados pela extinta Engesa. "Não temos mais como reutilizá-los, é uma tecnologia ultrapassada", afirma.
O Guarani é um veículo anfíbio e tem proteção blindada superior aos modelos antigos.Como desvantagem está o fato de que os pneus não são à prova de tiros. Atinge a velocidade de 90 km/h e é capaz de transportar 11 militares.
O blindado compõe o projeto de mesmo nome, que faz parte do plano de Estratégia Nacional de Defesa, idealizado pelo ex-presidente Lula, em 2008. O equipamento é desenvolvido em Minas Gerais pela Iveco, subsidiária do grupo Fiat.
A Defesa já adquiriu 102 unidades, que devem ser entregues até junho do ano que vem. Cada uma custa de R$ 2,77 milhões a R$ 2,97 milhões, dependendo da versão.
Segundo o tenente-coronel Cláudio, a intenção do país é exportar o veículo. Países africanos, Argentina, Equador e Bolívia já manifestaram interesse em adquirir a tecnologia. "Ele já está em condições de ser vendido", diz.
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