GOVERNO DA RD CONGO ANUNCIA VITÓRIA TOTAL SOBRE REBELDES DO M23
Rebeldes declaram fim do conflito na República Democrática do Congo
A presença do Brasil, na foto Gen Santos Cruz, Commander congratulates the Democratic Republic of Congo’s Armed forces (FARDC) and the Congolese National Police (PNC) for the reinstallation of the State of authority in the territory of Rutshuru. Photo MONUSCO/Clara Padovan
O Movimento de 23 de Março (M23) divulgou nesta terça-feira um comunicado no qual informa o "fim da rebelião", horas depois que o governo proclamou que os insurgentes foram expulsos das últimas posições que ocupavam no leste da República Democrática do Congo.
"A direção do M23 anuncia que decidiu, a partir de hoje, encerrar a rebelião e prosseguir, com meios puramente políticos, a busca de soluções para as causas profundas que motivaram sua criação", afirma o comunicado do movimento.
"Todos os comandantes militares da rebelião devem preparar os homens das tropas para o processo de desarmamento, desmobilização e reintegração social, cujas modalidades serão estabelecidas com o governo", completa a nota.
O governo da República Democrática do Congo (RDC) anunciou uma "vitória total" sobre o grupo rebelde M23. "Os últimos elementos do M23 abandonaram as trincheiras de Chanzu e Runyonyi sob a pressão das FARDC (Forças Armadas da RDC), que acabaram de entrar na região", afirmou o ministério da Comunicação em um comunicado.
A ONU e Kinshasa exigiram no domingo e na segunda-feira que o M23 anunciasse publicamente o fim da rebelião, como haviam se comprometido os negociadores do movimento em Kampala, capital de Uganda, onde os dois lados negociavam desde dezembro. O governo congolês apresentou o anúncio como condição para assinar um acordo político que acabasse com o conflito com o M23.
O leste do país é uma região rica em minerais e marcada pelos conflitos étnicos e históricos, que resultaram no surgimento de inúmeros grupos armados. Esses grupos combatem o exército congolês (FARDC) e outras milícias, e aterrorizam a população. Cerca de dois milhões de pessoas tiveram de se deslocar por causa dos conflitos.
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