18/07/2012 06h57 - Atualizado em 18/07/2012 06h57
Exército faz máquina de R$ 4 milhões que simula panes em helicópteros
Simulador, com tecnologia nacional, complementa formação de alunos.
Equipamento levou quatro anos para ser concluído.
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Simulador de voo é usado pela primeira vez em instrução do Exército (Foto: Nathália Duarte/G1)
O simulador levou cerca de quatro anos para ser concluído e precisou de quase R$ 4 milhões em investimentos. “Tudo nesse simulador foi feito no Brasil, inclusive algumas peças tiveram que ser moldadas porque não eram encontradas para compra. Até mesmo o software com as informações de voo foi desenvolvido aqui, e poucos países no mundo têm condições de produzir toda essa tecnologia. O Brasil passa a integrar esse seleto grupo”, diz o instrutor do curso, Major Alexandre Rocha.
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O projeto, que já está finalizado segundo Rocha, foi desenvolvido pelo Exército em parceria com a Spectra Tecnologia. Falta agora apenas a homologação pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para que as horas de treinamento com o simulador contem efetivamente para os pilotos como horas de voo. O equipamento promete ser muito próximo da realidade, com a adoção da tecnologia "full motion", que faz com que o simulador se movimente em sua base para reproduzir movimentos e manobras de um helicóptero real.Mesa de controle determina condições do voo, variáveis meteorológicas e aciona simulações
de panes (Foto: Nathália Duarte/G1)
Além da proximidade com um voo real e, portanto, a economia em horas de voo, o simulador permite um treinamento mais efetivo de situações de pane e emergência, que não são possíveis nas aeronaves reais. “Até o ano passado os alunos terminavam as aulas teóricas e iam direto para as aeronaves, sem nunca ter tido qualquer experiência de pilotagem. Treinos de panes só eram feitos no exterior, nos Estados Unidos ou na Europa. Esse simulador torna as aulas muito melhores e amplia consideravelmente o aproveitamento dos alunos nas 80 horas de voo que farão para concluir sua formação. O Curso de Pilotos de Aeronaves do Exército tem duração de 1 ano, sendo o primeiro semestre de aulas teóricas e o segundo de aulas práticas.
Alunos se preparam para primeira aula em simulador full motion (Foto: Nathália Duarte/G1)
O equipamento também deverá ser usado em cursos de gerenciamento de crises e panes para pilotos já formados e experientes. "Usamos treinadores sintéticos para esse treinamento, mas eles não possuem movimentação. Agora será possível avaliar melhor as habilidades dos pilotos de consciência situacional e processo decisório", diz o Major Sazdjian, oficial de segurança de voo do Exército.
O simulador de voo de helicóptero esquilo está na capital paulista, onde recebe alunos e instrutores de Taubaté nesta semana. O equipamento deverá ser levado, nos próximos meses, para Taubaté, ao Centro de Instrução de Aviação, onde ocorrem todos os treinamentos referentes à aviação do Exército brasileiro.
Simulador demorou cerca de quatro anos para ficar pronto, com tecnologia nacional (Foto: Nathália Duarte/G1)
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