segunda-feira, 30 de julho de 2012

Lançamento do livro “Mitos Lendas e Mentiras sobre concursos públicos”

 Repassando email recebido

Peço licença para ocupar o espaço de hoje com um convite para os amigos leitores, especialmente os que não participam, ainda, de concursos. Vou lançar nesta quarta-feira (01/08) o livro “Mitos Lendas e Mentiras sobre concursos públicos”, no Teatro Jorge Amado (Pituba). Às 19 horas apresentarei a palestra “Descubra o que está atrasando a sua aprovação”, e às 20h30min iniciaremos a noite de autógrafos.

Este novo trabalho teve origem em dois fatos. O primeiro deles é a mudança da opinião do público, nas palestras que apresento, acerca de determinados pontos tidos como unanimidade entre concurseiros e pessoas estranhas ao assunto, o que é claramente demonstrado pela própria plateia em consulta prévia que costumo fazer, sem sugestão de resposta. O título do livro sugere polêmica, mas não é o que ocorre, pois tive a oportunidade de apresentar os originais da obra em diversos eventos e reuniões, e o que se percebe é a adoção de um novo ponto de vista a partir de informações, muitas delas curiosamente já conhecidas, mas aparentemente esquecidas, e do chamamento do público para a observação da realidade vivenciada, em lugar do acolhimento de opiniões enraizadas, muitas delas fundamentadas em cenários que já não existem mais.

A primeira vez em que esse fato me fez pensar em escrever o livro foi numa palestra, há alguns anos, na abertura da Feira de Concursos de Goiânia. Como o tempo era mais limitado que o habitual, fui incisivo em alguns pontos, atacando alguns mitos dos concursos, com argumentos rápidos, e até imaginei que isso fosse gerar alguma divergência, o que seria natural. O acolhimento da novidade me surpreendeu. Incentivado pelo acontecimento, reestruturei o conteúdo da palestra, e segui confirmando a suspeita de que os mitos, as lendas e as mentiras que nos contaram sobre os concursos reprovam mais que a falta de tempo, concentração, base educacional, disciplina ou dinheiro.

Não vou deixar o leitor pleno de curiosidade, até por que se todos resolverem satisfazê-la na palestra o espaço não os comportaria, e por isso citarei alguns mitos, lendas ou mentiras de que trato. Todos sabem que quem não tem disciplina não será aprovado no concurso, assim como não há solução para a falta de vontade de estudar, já que as pessoas convivem com ela e se impõem o “sofrimento” do estudo como forma de alcançar seus objetivos materiais. Agem como se a parte do nosso cérebro encarregada da assimilação do conhecimento estivesse concordando com o ato de estudar sem vontade, e não fosse manter sua atenção em outros assuntos. Até o dia em que descobrem um método de estudo capaz de fazê-los aprender a gostar de estudar, quando então compreenderão que a disciplina manda apenas nos músculos, mas o cérebro funciona à base de sinapses, e não de contrações. 

Todos também sabem que o edital é a lei do concurso, e esta frase é garbosamente repetida por iniciantes e por catedráticos, e portanto tudo o que está no edital obriga o cidadão. Até o dia em que se veem diante de uma regra violadora do princípio da acessibilidade aos cargos públicos, e em busca do argumento jurídico para afastá-la acabam descobrindo que o artigo 37, inciso I, da Constituição Federal, ao tratar dos concursos, não permite que se confunda lei (onde se estipulam os requisitos, por exemplo), com qualquer outra modalidade de norma situada hierarquicamente abaixo dela. A partir daí, em lugar de se conformar com a regra do edital e desistir de determinado concurso, ou aceitar a reprovação gerada por uma regra injusta, a pessoa passa a questioná-la para verificar se pode ser válida. 
O segundo fato, que, diferentemente do primeiro, não tem um marco temporal, acompanha o cotidiano da maior parte dos pretendentes a um cargo público. É o tratamento extremamente prejudicial dado pelos familiares à trajetória dos concurseiros, invariavelmente com a melhor das intenções ou por simples curiosidade. Muitas pessoas acham que o mais importante no apoio aos estudantes para concursos é pagar suas despesas e deixar que eles se dediquem exclusivamente ao objetivo. Não é. O mais importante é, compreendendo como funcionam, de verdade, os concursos, passar a agir como aliado na batalha, e não, por mera ignorância, como um parceiro desastrado que ocasiona sucessivos prejuízos, até a derrota pela desistência. O simples “e aí, passou?”, tão temido pelos concurseiros, pode fazer com que eles, às vezes enganando também a si mesmo, passem a dizer aos familiares que mudaram de ideia, e que não vale mais a pena fazer concursos, pois o que ele quer mesmo é ir para a iniciativa privada.
Por isso convido especialmente as pessoas que convivem com que está participando de concursos a fazerem sua inscrição na palestra, através do sitewww.concurseiros.com.br, e a chegarem no horário. Basta levar um quilo de alimento, que será doado ao NASPEC, e prever os engarrafamentos decorrentes da falta de concursos nos setores de engenharia de tráfego e fiscalização de trânsito da prefeitura de Salvador.


*Waldir Santos (www.waldirsantos.com.br) é Advogado da União, palestrante, professor, autor dos livros “Concurso público – estratégias e atitudes” e “Mitos, lendas e Mentiras sobre concursos públicos”, apresentador do programa de rádio “A hora dos concursos” e colunista diário da rádio CBN. Twitter: @bahiaconcurso / E-mail: waldir@concurseiros.com.br. Facebook.com/waldirconcursos

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